segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Com retomada de 80% na produção, preço dos HDs podem volta a cair




Passado cerca de 5 meses após uma das priores enchentes já registradas na Tailândia, em que matou mais de 700 pessoas, deixando outras milhares desabrigadas e inundando as principais empresas fabricantes de componentes e hardwares para a indústria de tecnologia, aos poucos a economia da região vai voltando ao seu curso normal.


A boa notícia vinda da Ásia é que a indústria dos discos magnéticos (HDs) retomou em 80% o ritmo de sua produção (dado comparado com antes da enchente) no primeiro trimestre de 2012, atingindo assim cerca de 140-145 milhões de unidades.


Para quem não se recorda, com a catástrofe, diversas fabricantes de HDs e de componentes tiveram sua produção afetada, causando de imediato, um expressivo aumento nos preços dos discos magnéticos (dentre outros equipamentos). O pico do aumento foi registrado no final do ano passado, com elevação de mais de 200%. Houve casos de HDs que saltaram de pouco mais de US$150 para cerca de US$ 650.De acordo com fontes da indústria local, a Hitachi Global Storage Technologies e a Seagate Technology foram as companhias que sofreram menos danos em relação à Toshiba e Western Digital,recuperando mais rapidamente suas produções.
Com a retomada gradual da produção, o mercado acredita que em mais alguns meses, o preço dos HDs poderá voltar a cair, atingindo os mesmos patamares antes da enchente.

Google terá passeio virtual em 360° por oceano australiano

Mergulhar nas profundezas da Grande Barreira de Coral da Austrália, um dos patrimônios naturais da humanidade, está prestes a se tornar uma experiência disponível a qualquer pessoa com acesso a internet. Isso porque o Google vai levar os serviços Earth e Maps para o fundo do oceano. No projeto Seaview (vista do mar, em tradução livre), lançado oficialmente nesta quinta-feira, câmeras farão fotos em 360° a uma profundidade de até 100 m e as imagens vão integrar os sistemas do gigante de buscas.
Profissionais de mergulho vão capturar, com um equipamento específico, mais de 50 mil imagens. Elas serão acrescidas aos serviços do Google através do Panoramio, que disponibiliza fotos a partir de localizações geográficas.
Em parceria com a ONG Underwater Earth e a empresa de seguros Catlin, o projeto Catlin Seaview Survey vai além de disponibilizar as imagens no Google. Na verdade, ele primordialmente é uma pesquisa sobre como está a composição e a saúde dos corais da região. O cientista-chefe do estudo e professor da Universidade de Queensland, Ove Hoegh-Guldberg, afirma que os dados coletados durantes as expedições ao fundo do mar vão ajudar os pesquisadores a entender como as mudanças climáticas e do meio ambiente podem afetar os ecossistemas da Grande Barreira australiana.
Mais do que isso, segundo ele, o destaque do Seaview está na possibilidade de colocar as informações à disposição do público. "Milhões de pessoas vão poder experimentar a vida, a ciência e a magia que existe sob a superfície dos nossos oceanos", exalta. O projeto tem o objetivo de engajar o público na ciência de uma maneira mais próxima e concreta.
A câmera usada para capturar as imagens foi desenvolvida especialmente par a expedição. As imagens poderão ser vistas em tempo real em um canal exclusivo no YouTube e também via Hangouts - os videochats do Google Plus. Pelos pesquisadores, as fotos dos 2,3 km de extensão da Grande Barreira ajudarão a identificar, a partir de reconhecimento eletrônico, as espécies de corais e animais em 20 pontos do local.
Por enquanto, o Seaview oferece em sua página oficial (no atalho http://bit.ly/yJN2Nw) uma visualização de demonstração de como será o "mergulho" virtual, graças a imagens feitas em Heron Bommie, uma região da Grande Barreira. O projeto como um todo deve sair do chão - literalmente - em setembro de 2012. Segundo a nota à imprensa, o Seaview também deve ser expandido nos próximos anos e chegar a outros oceanos no mundo.

Telefónica e Mozilla preparam nova plataforma móvel em HTML5

A Telefónica Digital e a Mozilla apresentam nesta semana no Mobile World Congress, em Barcelona, uma plataforma móvel aberta e baseada em HTML5 e Linux. Segundo a Reuters, a Qualcomm também faz parte da parceria. O sistema, que chegaria ainda em 2012, vai permitir criar programas mais leves para smartphones, deixando os aplicativos mais ágeis e os telefones mais baratos.
O projeto usará HTML5 e código aberto para criar uma nova arquitetura para smartphones baseada quase inteiramente na rede, permitindo aos apps no novo padrão o acesso a APIs básicas do aparelho móvel. Isso significa que capacidades como chamadas, mensagens, navegação e jogos, por exemplo, poderiam ser desenvolvidos como aplicações HTML5 e executados através do navegador Firefox, da Mozilla, segundo o El País.
A plataforma seria mais leve do que os sistemas operacionais atuais, como iOS 5 e Android, o que por sua vez viabilizaria a produção de smartphones com menor potência de processamento. Com componentes mais baratos, os telefones também teriam preço mais baixo. À Reuters, o diretor de desenvolvimento de produtos e inovação da unidade digital da Telefónica, Carlos Domingo, afirmou que o barateamento dos aparelhos seria "um modo de levar os smartphones para as massas dos mercados emergentes".
O mercado de sistemas operacionais hoje é dominado por Android, do Google, e iOS, da Apple. Outros, como o WebOS da Palm, comprada pela HP, e o Symbian, da Nokia, não encontraram apoio entre desenvolvedores de apps nem entre fabricantes de aparelhos e estão morrendo. "Ainda há dúvidas sobre o apoio da indústria em geral à nova plataforma aberta, mas a Telefónica identificou com sensatez um aliado experiente em HTML5, como é a Mozilla", avalia Geoff Blaber, da consultoria CCS Insigt.
A questão do apoio tem a ver com o ecossistema necessário a uma plataforma: ferramentas para desenvolvimento, aplicativos disponíveis e desenvolvedores interessados em criar novos apps. Levantar esse sistema tem sido uma grande dificuldade dos novos SO móveis, como o Windows Phone, da Microsoft. Atrair atrair fabricantes para que adotem as plataformas também é um obstáculo.