segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Donos do iPhone 4S e iPad 2 no Windows também podem fazer jailbreak untethered

Semana passada foi anunciado o primeiro jailbreak untethered – que não precisa ser refeito após desligar o aparelho – para iPhone 4S e iPad 2, mas ele só funcionava no OS X. Felizmente, a versão para Windows já está disponível.
A ferramenta, feita pelo Greenpois0n é chamada Absinthe, funciona no iPhone 4S rodando iOS 5.0 e 5.0.1, e no iPad 2 rodando iOS 5.0.1, e pode ou funcionar às mil maravilhas ou brickar seu aparelho. Vale experimentar, mas é por sua conta e risco. (Caso você queira fazer jailbreak no iPhone 4/3GS, iPad 1 ou iPod Touch, clique aqui.) Veja as instruções e baixe o Absinthe para Windows e OS X no link a seguir: [Greenpois0n via Engadget]

Fundador do Megaupload deve continuar preso até quarta

De acordo com juiz que está avaliando o caso, liberdade condicional deve fazer parte do processo de extradição aos EUA

Antes de encerrar a sessão desta segunda-feira em uma pequena sala de audiências em North Shore, Auckland, repleta de jornalistas, o juiz David McNaughton afirmou que precisava de tempo para avaliar os argumentos apresentados pelas autoridades judiciais americanas, devido à complexidade do processo.
Até que tome uma decisão, além do alemão Kim Schmitz, de 37 anos e conhecido como Kim "Dotcom", seguirão presos seus compatriotas Finn Batato, de 38 anos e chefe técnico do portal, e Mathias Ortman, de 40 anos e cofundador do "Megaupload", assim como o holandês Bram van der Kolk, de 29 anos.
Os quatro foram detidos no último dia 19 na Nova Zelândia em uma operação internacional coordenada pelo FBI (polícia federal americana).
Risco de fuga
A promotora Anne Toohey afirmou na audiência que existe um "grande risco" que Schmitz fuja, argumentando que foram confiscados com ele vários passaportes com diferentes identidades (Schmitz, Vestor e Dotcom) e inúmeros cartões de crédito. Além disso, destacou que o criador do "Megaupload" tem acesso a transporte aéreo privado.
Anne ressaltou ainda a descoberta de várias armas de fogo "ilegais" na casa de Dotcom, momento no qual um funcionário entrou na sala com elas, mas o juiz se recusou a inspecioná-las. Segundo a promotora, o acusado deve permanecer em prisão porque caso saia precisará apenas de um acesso a internet para reativar seus negócios "escusos".
O alemão permaneceu quase todo o tempo com uma postura impassível e com as mãos cruzadas sobre o ventre, e só falou com seus advogados. Sua defesa insistiu que Dotcom é inocente de todas as acusações apresentadas pelos Estados Unidos e apontou que o Megaupload serve para armazenar dados.
O advogado Paul Davidson ressaltou que seu cliente será pai de gêmeos em breve e que tinha planejado viver com sua esposa e seus cinco filhos na Nova Zelândia. O defensor apontou que Dotcom se mostrou disposto a cooperar na investigação e que para ele seria difícil escapar porque é uma pessoa que não passa despercebida por seus quase dois metros de altura e cerca de 150 quilos.
Davidson acrescentou que, além disso, agora que confiscaram seus passaportes e os bens, não conta com meios necessários para viajar. No caso de a Justiça da Nova Zelândia aprovar a extradição, os quatro detidos serão processados nos EUA por crime organizado, lavagem de dinheiro e violação da lei de direitos de propriedade intelectual, delitos que podem ser punidos com uma pena máxima de 50 anos de prisão.
As autoridades americanas fecharam o "Megaupload" na última quinta-feira ao considerar que faz parte de "uma organização criminosa responsável por uma grande rede de pirataria mundial" que causou mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de diferentes empresas.
Paralelamente, foram executadas operações em vários países que permitiram, além das detenções de Dotcom e seus cúmplices na Nova Zelândia, as prisões do alemão Sven Echternach, de 39 anos, Alemanha, e do eslovaco Andrus Nomm, de 32, na Holanda.
Schmitz vivia na Nova Zelândia e tinha obtido a permissão de residência há um ano. Enquanto alugava uma das mansões mais caras do país, alimentava sua paixão pelos carros de luxo. Na operação de busca, foram confiscados bens estimados em aproximadamente US$ 6 milhões, entre eles 15 Mercedes-Benz, um Cadillac de 1959 e um Rolls-Royce Phanton. Além disso, o Departamento do Tesouro congelou US$ 11 milhões depositados em várias contas abertas em instituições bancárias do país.