sábado, 31 de dezembro de 2011

O Google lançou uma rede social, Steve Jobs morreu, a Nokia e a Microsoft deram as mãos. Uma síntese dos eventos que marcaram o ano na área da tecnologia.

A parceria Nokia Microsoft
Duas empresas com dificuldades em afirmar-se no mercado dos smartphones resolveram dar as mãos. Em Fevereiro, o CEO da Nokia, Stephen Elop (um ex-executivo da Microsoft) apareceu junto do homólogo da Microsoft, Steve Ballmer, para anunciar uma parceria. A Nokia decidira adaptar o Windows Phone 7 como plataforma para smartphones.

Os primeiros resultados surgiram no final do ano: dois modelos com este sistema operativo, um topo de gama, o outro de gama intermédia. Foram bem recebidos pela imprensa especializada, mas ainda só estão à venda em alguns países europeus. O teste do mercado ainda mal começou. E a Nokia, que também enfrenta a concorrência cerrada de fabricantes orientais no segmento dos telemóveis de baixa gama, dificilmente se pode dar ao luxo de um falhanço.

A re-entrada do Google nas redes sociais
Depois de duas tentativas falhadas (com o Buzz e o Wave) e de um site que praticamente só tem expressão no Brasil (o Orkut), o Google conseguiu finalmente criar uma rede social com potencial de sucesso. 

O Google+ foi lançado em finais de Junho, estando inicialmente acessível apenas por convite. Em Outubro, a empresa congratulou-se por ter mais de 40 milhões de utilizadores, embora nem todos sejam necessariamente utilizadores activos. O Facebook ronda os 800 milhões de contas.

Mesmo longe dos números do Facebook, com o qual o Google compete pelo tempo dos utilizadores e pelo dinheiro dos anunciantes, o Google+ foi um passo muito mais firme que os anteriores.

Steve Jobs (1955-2011)
Cerca de oito anos após o diagnóstico de um cancro no pâncreas, o icónico fundador da Apple morreu, a 5 de Outubro, aos 56 anos. Poucos meses antes, deixara de ser CEO da empresa. Nos últimos anos, tinha tido baixas prolongadas.

Jobs cresceu na Califórnia, na época e no local onde despontavam os computadores pessoais. Em parceria com Steve Wozniak (frequentemente descrito como um génio informático), fundou a Apple, que deixou ambos milionários quando entrou em bolsa, em 1980.

Na extensa – e excessivamente detalhada – biografia oficial, intitulada “Steve Jobs”, o autor, Walter Isaacson, considera que Jobs transformou várias indústrias: a dos computadores pessoais; do cinema de animação (com o estúdio Pixar, onde foi criado Toy Story); da música; das lojas de retalho (por causa das lojas da Apple); dos telemóveis; dos tablets; e da publicação (por causa do impacto do iPhone e do iPad). Mas o livro mostra também o lado mais escuro de uma pessoa que quebrava amizades, fugia a responsabilidades e chorava quando não lhe faziam a vontade.

Os ciber-ataques
Este ano, aconteceram em quase todo o lado. Em Abril, plataformas da Sony, usadas para jogar online e comprar conteúdos, foram atacadas, expondo informação pessoal e bancária de milhões de utilizadores. Entre Maio e Junho, os LulzSec, que se definiam como uma “tripulação” de seis pessoas, atacaram os sites da CIA, do Senado americano, do serviço de rádio e televisão pública dos EUA (PBS) e de outras empresas.

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