sexta-feira, 27 de abril de 2012

Asus Eee Pad Transformer: um tablet que vira netbook




Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)
Eee Pad Transformer chegou em 2011 como uma aposta da Asus no mercado de tablets com sistema Android, oferecendo um preço um pouco abaixo dos concorrentes. Atualmente ele já se encontra no mercado pela média de R$ 1.599, mas seu grande diferencial é o suporte ao teclado físico removível, que o deixa semelhante a um netbook. Confira o que achamos do aparelho no review.
Design
O tablet possui um design bem diferenciado. Ao vê-lo pela primeira vez, é possível confundí-lo facilmente com algum mini notebook com sistema Android. Porém, ao encontrar o botão da trava, você logo perceberá que é possível separar o teclado da tela, e que o aparelho é na verdade um tablet. Assim, quando você não quiser carregar peso, poderá usar somente a tela. Quando precisar escrever longos textos ou não quiser navegar direto na tela, basta montar o suporte e usá-lo como um computador.
Seu corpo também é diferente. Além de usar a cor marrom acobreada, ele também possui uma textura (tanto no aparelho como no teclado portátil). Tal design ajuda a sujar menos o aparelho, além de trazer um ar mais sério. A dobradiça do Transformer infelizmente enfeia um pouco o design, pois é um pouco grande e desajeitada.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)
No tablet temos o botão de energia, volume, entrada para cartão de memória, conexão HDMI e entrada para fones de ouvido. Na tela ficam o sensor de luz e a câmera frontal, e na traseira fica a câmera maior. No teclado removível se encontram uma conexão padrão de tablets, um LED de carga, a dobradiça de conexão, duas conexões USB e um leitor múltiplo de cartões normais, como os SD e MMC.
O dispositivo pesa 680 gramas apenas com a tela, mas a junção com o teclado faz com que o aparelho passe de um quilo, um peso um pouco exagerado para um tablet.
Tela
A tela do Transformer é bem semelhante à das concorrentes, com LED multitouch de 10.1 polegadas e definição de 1280 x 800 pixels. Ele também tem tecnologia IPS para um ângulo de visão de até 178º sem perda de qualidade e Gorilla Glass - tecnologia que previne arranhões. Sua iluminação é ideal para ver filmes, jogar e ler.
Hardware e processamento
O Transformer, assim como vários outros tablets Android similares, trabalha com processador de 1GHz NVIDIA Tegra 2 AP20H Dual Core e mais 1GB de RAM; um conjunto poderoso. Ligue quantos aplicativos quiser, execute vídeos, músicas e aplicativos simultaneamente que ele vai continuar firme e forte. A navegação não é fluida e suave como a do iPad, mas esta questão tem mais a ver com o sistema do que com o processamento.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)O aparelho inclui sensor de gravidade, luminosidade, giroscópio e compasso. Em relação à conexões, encontramos Wi-Fi 802.11 b/g/n, Wi-Fi hotspot, GPS e Bluetooth 2.1 - que funciona para transferência de arquivos e também para acessórios como fones e teclados. O Wi-Fi é forte e o GPS é rápido. Infelizmente, talvez para manter o valor mais baixo, a Asus resolveu não inserir o 3G no modelo. É o defeito mais aparente desse aparelho, pois tira um pouco de sua mobilidade.
Sua bateria dura em torno de 9 horas e meia. O teclado removível também possui uma bateria, aumentando a autonomia para 16 horas. Mas, com as conexões sem fio ligadas e uso de internet, esse número caiu para 8 horas, em média.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)
Câmera
A câmera frontal de 1.2 megapixels é boa para vídeo conferências em aplicativos como o Gtalk, por exemplo, e até para fotos, pois se mostrou bem luminosa. Já a câmera traseira, apesar de não possuir flash, é razoável para fotos e vídeos, já que possui sensor de 5 megapixels e faz gravações em HD.
Por não possuir um botão dedicado a fotos, é preciso capturar imagens tocando diretamente a tela do tablet, o que é muito ruim considerando a dificuldade de manuseio da tela de 10.1 polegadas e o peso do aparelho.
Sistema operacional
O Transformer usa o Android 3.2 Honeycomb, desenvolvido propriamente para aparelhos com telas grandes, como os tablets. Apesar de não possuir muitos widgets, a plataforma conta com menus otimizados, multitarefa (que aproveita a tela) e aplicativos que mantém o tamanho normal dos botões.
Todos os aplicativos do Google no aparelho estão com interface melhorada: Fundo escuro e vídeos laterais para o YouTube e uma interface completa para o Gmail, que mantém as categorias na lateral, as mensagens no meio e ações na parte superior. O Gtalk segue a linha do e-mail e mantém os contatos na esquerda, deixando o resto para a conversa. É interessante também ver o símbolo de câmera na frente dos contato, já que com essa versão é possível fazer chamadas de vídeo.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)O Honeycomb também é bem discreto, já que usa mais cores escuras para não agredir os olhos do usuário. Ele usa bem a parte inferior da tela como área de navegação, como a do Windows. Nela ficam avisos do sistema, interações com aplicativos, navegação pelo menu e informações de rede, bateria, hora, etc. Além disso, botões extras foram colocados em janelas e menus para aproveitar mais o espaço, deixando a interface com mais cara de tablet.
Usabilidade
A usabilidade do Transformer é ótima, praticamente idêntica à de um netbook. Navegar pela tela de toque com as mãos atrás da tela sem ter que segurá-las dá um certo conforto para o uso em cima da mesa. O teclado espaçoso é completo, com teclas como tab, brilho de tela, backspace e até alguns especiais para o sistema. Há também um trackpad pequeno que funciona muito bem.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)
O peso dele pode incomodar, mas a facilidade que um teclado pequeno traz é uma inovação nos tablets. Infelizmente, esse mesmo teclado – chamado de Eee Station – que é tão bom, é vendido separadamente, por aproximadamente R$ 400. Assim, o modelo completo sai bem caro para um tablet sem 3G.
Um atrativo do dispositivo é sua conexão USB padrão. Embora fãs da Apple digam que esta conexão é inútil já que está tudo na internet, nem todo mundo gosta das restrições da empresa da maçã, e uma entrada USB até que veio bem a calhar. Deitar na cama e simplesmente plugar seu pen drive cheio de filmes é muito prático, por exemplo.
Aplicativos
A Asus recheou o Transformer de aplicativos além dos já inclusos no sistema. Entre eles estão a suíte Polaris Office, um ano ilimitado para o Asus WebStorage – serviço de compartilhamento em nuvem –, gerenciador de arquivos, Kindle, Zinio, PressReader e outros da Asus para ajudar no dia a dia, como o My Net para o protocolo DLNA, o MyLibrary para livros e o MyCloud para funcionar com o WebStorage.
Uma coisa ruim no tablet é a necessidade de uso do aplicativo Asus Sync para realizar a conexão do aparelho com o computador. Assim, o que era uma simples tarefa de conexão torna-se uma dor de cabeça.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)Mas o verdadeiro calcanhar de Aquiles do Android 3.0, no entanto, é que os aplicativos com melhor desempenho são aqueles otimizados para a interface e a tela maiores. Isto faz com que alguns milhares de apps estejam disponíveis para o tablet, mas todos os outros sejam praticamente inutilizáveis. Apesar disso, algumas empresas brasileiras como Saraiva, Cultura, Folha, Terra e Abril já possuem aplicativos otimizados para o Honeycomb.
O navegador é bem completo e possui bookmarks e abas que funcionam como um aplicativo de desktop. Já vem instalado o Flash Player 10.1, que pode ser atualizado para o 10.3. Isso permite que você navegue em qualquer site que desejar, sem problemas.
Música e mídia
Apesar de prometer som SRS de alta qualidade com máxima resposta dos graves, não é bem o que acontece. O som, apesar de ser muito alto e ter um bom estéreo, peca justamente nos graves. Nisso nos referimos ao som externo, pois o interno, com fones, é muito bom.
Asus Eee Pad Transformer (Foto: Reprodução/Stella Dauer)
Ele reproduz mídias muito bem, e o pé que o teclado forma é bem útil para assistir filmes e vídeos. As cores da tela são bem acertadas, e por ser widescreen, vídeos em alta definição são ideais.
E para guardar todas as músicas e vídeos, além de aplicativos, o Transformer vem com 16GB de armazenamento interno, além de uma porta para cartões microSD de até 32GB. E como já explicamos, há também a possibilidade da inserção de dispositivos como pen drives, aumentando esse espaço.
O que vem na caixa
Além da caixa e do aparelho encontramos o cabo USB, que também serve no carregador de tomada incluso.
Ficha técnica
Tela: 
10.1 polegadas
Resolução de tela: 
1280×800 
Sistema operacional: 
Android 3.2 Honeycomb
Processador: 
NVIDIA® Tegra™ 2 1.0GHz dual-core 
Memória RAM: 
1 GB 
Armazenamento: 
16 GB 
Conectividade: 
Wi-Fi, Bluetooth 2.1, USB, GPS 
Dimensões: 
27 x 17 x 1,3 cm 
Peso: 
0,68 kg (sem o teclado) 
Autonomia de bateria: 
9 horas e 30 minutos
Itens inclusos: 
aparelho, cabo USB, carregador 

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