terça-feira, 26 de junho de 2012

Macbook Pro com tela Retina: o melhor notebook que o dinheiro pode comprar



O astro do último WWDC – o evento anual em que a Apple apresenta várias de suas novidades – foi, sem dúvida, o novo Macbook Pro com tela Retina. Tratamos de encomendar um para fazer esta avaliação assim que a loja online permitiu e, menos de uma semana depois, ele estava em nossas mãos, enviado direto da China. A procura tem sido tanta que o prazo de entrega já aumentou de uma para três a quatro semanas.
Novo Macbook Pro com tela Retina 
























A tela Retina
Com resolução de impressionantes 2.880 x 1.800 pixels, a tela de 15 polegadas deste notebook tem quatro vezes mais pixels do que qualquer concorrente e o dobro da definição, medida em pontos por polegada. Afinal, são mais de cinco milhões de pontinhos, com uma densidade de 220 ppi, contra 110 ppi do modelo tradicional.
É menos do que os 326 ppi do iPhone 4 e os 264 ppi do novo iPad, mas ainda assim um número de respeito, considerando-se que não costumamos olhar a tela do computador de tão perto quanto a de um smartphone ou tablet. Sobretudo, de acordo com o discurso da Apple, para ser chamada de “Retina”, basta que os pixels da tela sejam indistinguíveis a olho nu – e eles são, desde que em programas e sites otimizados para tal.
Confira, na imagem abaixo, a comparação de um detalhe da logomarca do TechTudo e do título dos destaques. À esquerda, temos os cortes de duas fotos da tela de um Macbook Pro de 15 polegadas tradicional. À direita, as mesmas áreas na tela Retina do novo modelo. Repare que na logomarca, que é exibida como imagem, a maior quantidade de pixels não melhora a definição. Já na palavra “Destaques”, renderizada como texto, todo o potencial da tela é explorado, deixando as curvas e diagonais muito mais 
A diferença é bem perceptível na interface do Mac OS X e nos dá ainda poucos programas atualizados para a tela Retina. O navegador Safari, naturalmente, é um deles, razão pela qual foi o que usamos para capturar as imagens acima. O jogo Diablo III, também – e seu visual com todos os detalhes gráficos configurados no máximo, é tão fantástico que todos os outros games ficam com ares de anos 1990. De quebra, serve para demonstrar o poder de fogo do novo processador Intel Core i7 “Ivy Bridge”, de núcleo quádruplo, e do chip gráfico NVidia GeForce GT 650M.
Outro aplicativo em que se percebe bem a novidade é o visualizador de fotos, pois elas ficam sensacionais na tela de alta definição – quase não é mais preciso usar o zoom para ver se uma foto está em foco ou não. Assim como exaltamos essa característica do novo iPad quando discutimos seu potencial como acessório para fotografia, o Macbook Pro Retina é tão melhor para os fotógrafos que, daqui para frente, vai ser difícil usar qualquer outro modelo.
Conectividade atualizada
Externamente, o novo Macbook Pro lembra bastante os modelos anteriores baseados no chassis “unibody”, esculpido a partir de um único bloco de alumínio. Ficou mais fino, com espessura de apenas 1,8 cm, e mais leve, pesando aproximadamente dois quilos, mas isso é pouco perceptível, a não ser que coloquemos as duas versões juntas.
Houve mudanças também nas opções de conectividade: o Macbook Pro Retina não tem mais unidade de CD ou DVD, porta Firewire, entrada para microfone ou conector de rede Ethernet – este último simplesmente porque sua altura não caberia na espessura diminuta do notebook. Pelo mesmo motivo, o conector de força MagSafe precisou ser redesenhado, ficando mais fino e comprido.
Conector MagSafe ficou mais finoConector MagSafe ficou mais fino 
















Por outro lado, as duas entradas USB foram atualizadas para o padrão 3.0, bem mais rápido, e temos ainda um par de portas Thunderbolt, que servem também como Mini Display Port e, com um adaptador opcional de US$ 20, podem se transformar em porta de rede. Completam a lista uma saída HDMI, uma para fone de ouvido e um leitor de cartões SD.
As últimas diferenças externas são o fim do botão e leds indicadores da carga da bateria e a mudança do local do botão liga/desliga: a exemplo do que acontece no Macbook Air, em vez do botão circular de alumínio, ele agora está no próprio teclado, onde ficava o agora desnecessário ejetor do CD/DVD.
Botão liga/desliga se mudou para o tecladoBotão liga/desliga se mudou para o teclado 

















Impossível de expandir ou consertar
Fora o preço, a partir de US$ 2.199 nos Estados Unidos, a maior crítica ao novo Macbook Pro é a sua arquitetura extremamente fechada. Para minimizar as dimensões do produto e aproveitar qualquer espaço livre com células da bateria, a Apple fez um computador repleto de soluções proprietárias e componentes soldados na placa-mãe.
Upgrade de hardware de notebooks nunca foi tarefa fácil, mas quase sempre dava para substituir, pelo menos, o disco rígido, a memória RAM ou a bateria. Neste Macbook, nada disso é possível – a bateria até pode ser trocada, mas é preciso enviá-lo para a Apple. O resto, só trocando o computador inteiro.
Por conta disso, a recomendação é comprar logo a melhor configuração que se possa pagar. Em vez do modelo básico, com processador Intel Core i7 de 2,3 GHz e 256 GB de SSD (a memória flash que substituiu o disco rígido), partimos logo para a versão com processador de 2,6 GHz e 512 MB de armazenamento, que custa US$ 2.799, cerca de R$ 5.751 e, por mais US$ 200 (R$ 410), aumentamos a memória RAM dos 8GB padrão para 16 GB. Total: praticamente US$ 3 mil, aproximadamente R$ 
Para quem quiser ainda mais desempenho e capacidade, dá para optar pelo processador topo-de-linha, de 2,7 GHz, por mais US$ 250 (R$ 513), e expandir o armazenamento flash para 768 GB, por outros US$ 500 (R$ 1.027), elevando o preço para US$ 3.749, cerca de R$ 7.703. Um dinheirão, sem dúvida, mas não dava para achar que o melhor notebook que a Apple já fez ia sair barato (valores referem-se à conversão de 22/06).
Veja abaixo um infográfico publicado aqui  com o que você pode comprar com a diferença de preço do MacBook Pro com tela Retina vendido nos Estados Unidos e no Brasil:
Infográfico Apple 


























Ficha técnica
TelaRetina de 15 polegadas
Resolução máxima2.880 x 1.800
Sistema operacionalMac OS X Lion
ProcessadorIntel Core i7 “Ivy Bridge” quad-core de 2,7 GHz
Memória RAM16GB
VídeoNVidia GeForce GT 650M com 1 GB ou Intel HD Graphics 4000 de 1GB
Mídia óticanão disponível
ArmazenamentoSSD de 512 GB
WebcamFaceTime HD 720p
Conectividade802.11n, Bluetooth, USB 3.0 (x2), Thunderbolt (x2), SD e HDMI
Dimensões35,89cm x 24,71cm x 1,8cm
Peso2,02 kg
Autonomia de bateria7 horas
Itens inclusosCarregador MagSafe 2 de 85W com cabo extensor



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