sexta-feira, 29 de junho de 2012

Windows Phone 8 tem fácil gerenciamento








           Tela mostra como Windows Phone 8 será

Eles finalmente mudaram. Os sistemas operacionais (SO) Windows Phone anteriores, que rodavam em produtos da companhia, eram versões especiais, com kernels e APIs diferentes, o que significa que não existia compatibilidade com o desktop Windows. Mas o Windows Phone 8 (WP8), apresentado na última semana, mudou esse paradigma.
O WP8 é baseado em um código comum substancial com a versão para desktop do Windows 8. As implicações são imensas: por rodar Windows e fazer parte das redes da plataforma, o SO pode ser gerenciado como um sistema Windows.
Além da Microsoft, a maioria das plataformas móveis não consegue ser gerenciada. A BlackBerry foi a clara exceção à regra e sua excelente segurança e gerenciabilidade é o que a mantém viva. (Deus sabe que não é o software.) Mas depois que a Apple revelou APIs para gerenciamento, uma indústria passou a ser desenvolvida em torno da administração de dispositivos móveis, ela ficou conhecida como Mobile Device Management (MDM).
O mais conhecido e mais popular dos produtos MDM é MobileIron, mas talvez existam cem empresas neste negócio, e MDM é uma commodity. A ação real ficou um pouco acima, no que é conhecido como Gerenciamento de Aplicativos Móveis (da sigla em inglês, MAM), uma abordagem muito mais sofisticada que lhe permite usar a política para controlar a segurança e capacidades de aplicações individuais, entre outras coisas. É um mercado dinâmico e emocionante, com vários players importantes que vão desde Apperian, passando pela Citrix, e até a BoxTone.
Claro, há uma desvantagem. O gerenciamento de dispositivos móveis tem de ser feito fora da infraestrutura de administração existente, potencialmente em um sistema muito grande com um monte de investimento por trás dele. Para gerenciar os administradores de dispositivos móveis temos que ir para um console separado e supervisionar uma política de repositório separada.
Mas as coisas são diferentes nos Windows Phones. O Active Directory Explorer (explorador de atividade do diretório, em tradução livre para o português) é uma das principais ferramentas de gestão para redes Windows, mas existem inúmeras ferramentas de terceiros que usam as mesmas APIs e protocolos para fazer a mesma gerência. Os Windows Phones serão administráveis por meio destas ferramentas padrão. Haverá necessidade de ter extensões incorporadas ao sistema de gestão para a plataforma, mas ela não pode ser entendida. Desta forma, os administradores devem ficar em seu ambiente de gerenciamento existente e manter um melhor controle da política.
Todas as principais características de segurança que os departamentos de TI gostam estão no sistema operacional: como o Bitlocker e a inicialização segura – se suas credenciais são fortes o suficiente – você não precisa perder o sono com dispositivos perdidos. Todas as atualizações de software são feitas pelo ar, e a Microsoft se compromete a fornecer atualizações para todos os dispositivos por pelo menos 18 meses. “Os entusiastas registrados” podem ter acesso a essas atualizações antes dos outros usuários.
Durante o Windows Summit, que ocorreu na última semana, a Microsoft demonstrou na sua plataforma móvel o “company hub”. Este é um grupo de componentes de TI controlados presentes nos telefones dos usuários e que mostram tudo o que a TI quer colocar no aparelho. Esse “company hub” pode ser o equivalente a uma loja de aplicativos internos, de notícias da empresa, e muitas outras coisas. De certa forma, se assemelha a home page para um usuário do SharePoint, mas é muito mais. Ela vem com uma coleção de modelos que podem ser usados ou modificados.
Só mais uma coisa – mesmo que essa não seja especificamente um problema da TI – o WP8 vai rodar com o suporte a idiomas em todo o mundo, 25 países a mais do que o iOS. Isto não é surpreendente, porque o Windows sempre teve o melhor suporte internacional.

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