quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tudo mais calmo e cadenciado no Pro Evolution Soccer 2014

Não é de hoje que Pro Evolution Soccer tomou um olé de FIFA e está tentando correr atrás do prejuízo. E também não é de hoje que a Konami tem tentado um pouco de tudo para recuperar a fama perdida. Pois bem: que remédio melhor para vencer um rival do que ficar, de pouco em pouco, mais parecido com ele?
É isso que a equipe de PES parece estar tentando alcançar com a versão 2014 do game de futebol que ainda é bastante famoso – no Brasil, inclusive – mas que já não tem batido aquele bolão. Pro Evolution sempre foi considerado um jogo mais Arcade em comparação à preocupação com a simulação dos games da Electronic Arts. Antes você até podia pegar a bola com um jogador, de um lado do campo, e correr até a meta adversária driblando Deus e o mundo. E tudo bem. Nenhum desses jeitos é necessariamente certo ou errado – é tudo questão de gosto, se a execução for boa.
Mas as coisas mudaram um pouco. A nova versão ficou mais lenta, mais cadenciada, com mais foco no passe de bola do que nas arrancadas individuais e dribles levemente exagerados. E isso foi uma preocupação séria da equipe de desenvolvimento do jogo, dada a quantidade de opções que você tem para calibrar os movimentos dos jogadores e os pontapés em detalhes muito mais mínimos.
O guia que mostra a trajetória da bola quando você vai cobrar uma falta ou um pênalti é só a ponta do iceberg futebolístico. Agora existem cinco níveis de assistência automática no passe de bola e um sistema de jogadas pré-programadas que envolvem três jogadores de uma vez só – como uma sequência de toques seguidos de um lançamento, por exemplo – que você programa e ativa apertando duas vezes o gatilho direito, quando o game avisar que é possível executar a estratégia.
Veja o vídeo. 
Também houve uma grande preocupação em melhorar o controle de bola – o que só reforça que este PES foi pensado para ser mais “calmo” que os outros. Mesmo sem serem controlados diretamente, os jogadores lutam mais para manter a posse, pulando mais e se esquivando mais quando algum adversário chega perto. A Konami diz que se esforçou para criar um sistema em que fosse possível controlar a distribuição de peso no corpo de cada jogador, para dar um grau maior de sutileza às jogadas.
Segundo os produtores, a condição emocional dos jogadores agora também é um fator na hora de definir o seu desempenho em campo. Eles não explicaram em detalhes como isso vai funcionar, mas já adiantaram que, por outro lado, o desempenho também pode influenciar o humor dos atletas, seja para o bem ou para o mal. 
E uma última curiosidade: talvez você tenha reparado que o Santos ilustra o material de divulgação de PES 2014, junto com o Bayern de Munique. Segundo Naoya Hatsumi, produtor do jogo, a escolha por esses dois times foi porque eles são grandes equipes da América e da Europa, boas o suficiente para representar os seus continentes de origem. E a Konami não ficou sabendo que o Neymar ia para o Barcelona, então não teve tempo de tirá-lo da equipe da Vila Belmiro.

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